quinta-feira, 29 de julho de 2010

Expressão.


Naquela noite
Fui clara e áspera,
Em um erro grosseiro
Fui pretensiosa
Decisões emergentes,
Meu lado externo agiu mais intenso
Mas meu coração estava encorvajado,
Virei refém de meus pensamentos
Culpas, receios, atormentos
Alardes contra minhas vontades,
Desejos contra vaidades
Mentiras contra meias verdades.
Um talvez que se escondia
Atrás de vertigens que desconhecia
Desequilíbrio emocional
Esse atropelo
Que atrapalhe o apelo
Conceito tranformado em respeito
Abstrai,
Desapego nocivo
Lágrimas secas, rancores
Chego ao aconchego
Distanciam-se
Aspecto, plano, incentivo
Tudo muda e ainda sinto.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Apenas Palavras



Paralelas
Se igualam e se contradizem
Lidas, ditas, entendidas.
Atenção, intenção,
Intencionadas no obscuro
De uma lei imaginária
Estranhas,
Como se não tivessem nada
Ingênuas, patéticas, poéticas.
Resguardadas,
Protegidas entre espaços,
Linhas e laços
Discórdias com lágrimas,
Solitárias
Armadas do mesmo jeito
Como um brotar de uma flôr
Ao rair do dia
E uma gota de orvalho caindo sobre ela
Concluídas em palavras
Meus aspectos condizem
Meus sentimentos traduzem,
Meus gestos deduzem
Palavras?
Meu silêncio são minhas palavras.

Incansável.



Exaustos
Cansados pela rotina do desejo
Pela crítica assustam
Pelo autocontrole caem
Intimados a um desafio
Lutam contra o ego
Perdem suas estimas
Baixos e altos
Fracassados pelo ritmo constante
Tempo, momento, instante
Ligados as suas origens,
Capacitam e não mudam.
Dúvidas,
Praticam o desapego
Transitam em suas psiques
Como parasitas do erro
Alojam na mente
Causam uma dor inexplicável
Uma parte agiliza o processo
Em meio progresso
A outra se mobiliza
Cessam por não desvendar a autocura
Intercalados pela compreensão do infinito.
Desatentos, esvaiam
E a ponte da imensidade
Desmorona.
Persistentes ao alvo,
Tornam-se de fato
Perdurentes,
Arquivam seus defeitos
E formatam suas esperanças,
Na ironia do acerto
Linhas e traços quase perfeitos
Sínteses finais
Fórmulas  encontradas de elementos desiguais
Reações inesperadas,
Incalculáveis tentativas.
Gritam e descansam,
Voltam e se adaptam.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Impuros




Homens que nada são
Aturdidos pela vergonha
E uma mensurável falta de caráter
Nos vestem com suas mentiras
Nos induzem ao sistema
Com imperceptíveis crimes,
Já estamos no esquema
No erro absurdo
Erramos juntos
E continuamos errantes
E como nômades
Apenas vagos andantes
Sem saber onde está o próprio alimento,
Alimentam-se do impuro,
Saciam-se do obscuro
A fome que consome
O vazio intelectual.
Obtemos relações sociais
E enchemos com o desigual
Discorremos sobre conceitos
Ainda sim vomitamos preconceitos,
Incluam-se.

Espaço.


Mundos estranhos,
Lados semelhantes
Vidas se igualam
Onde a atitude torna-se importante
E ao mesmo tempo instigante.
Tempos alheios,
Espaços, laços, abraços
Tornam-se almejados,
Determinação expressa,
Imersos no obscuro
Fatos, contatos, atos
Propiciam desejos
Ligados a ilusões
Intencionados nas leis
De seus próprios defeitos.
Mudanças constantes
Lados positivos
Lados negativos,
Onde a lei da atração
Cessam em meio atrito
E se mobilizam
Em um espaço neutro,
Ainda sim criam conflitos
Entre cálculos perfeitos
Tornam-se céticos
Diante do óbvio.

Imorais


Levantem as bandeiras
Gritem hinos nacionais,
Induzem inocentes
Atos hipócritas recentes
Enganados por políticas corretas
Sinais, placas, setas
Sigam direções discretas
Cubram, descubram
Descobrem armas secretas
Fartas, cheias, completas
Atire-se ao alvo
Retire-se do ato
Coloque-se de fato.
Lanternas internas,
Iluminando os pulmões
Respire,
Sinta a fumaça,
Sufoque-se,
Consuma,
Lute contra a química que te consome.
Suma ou some,
Calcule quantos anos mais,
Atue na imortalidade dos ''morais''.